Oluwatosin Tolulope Ajidahun observa que, embora muitos fatores ambientais já sejam reconhecidos como prejudiciais à saúde reprodutiva, a exposição ocupacional a solventes químicos ainda recebe pouca atenção. Presentes em indústrias, oficinas, salões de beleza e até ambientes hospitalares, essas substâncias podem comprometer a fertilidade de homens e mulheres, tornando essencial compreender seus riscos e formas de prevenção.
O que são solventes químicos e onde estão presentes
Solventes químicos são substâncias utilizadas para dissolver, diluir ou extrair materiais em processos industriais e comerciais. Entre os mais comuns estão o benzeno, o tolueno, o xileno e os álcoois. Embora sejam fundamentais em diversas atividades, esses compostos liberam vapores tóxicos que, quando inalados ou absorvidos pela pele, podem causar danos sistêmicos.
De acordo com pesquisas recentes, a exposição prolongada a solventes está associada a alterações hormonais, maior incidência de infertilidade e até riscos para o desenvolvimento do feto em casos de gestação. Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que a ausência de medidas de segurança adequadas aumenta ainda mais esses impactos.

Efeitos na fertilidade feminina
Nas mulheres, a exposição contínua a solventes pode comprometer a qualidade dos óvulos e dificultar a ovulação. Além disso, estudos apontam que esses compostos podem alterar o equilíbrio endócrino, interferindo na receptividade endometrial e aumentando o risco de abortamento espontâneo. Tosyn Lopes ressalta que, em profissionais como cabeleireiras, enfermeiras e trabalhadoras da indústria química, a atenção deve ser redobrada, uma vez que a exposição ocorre de forma rotineira e muitas vezes silenciosa.
Outro ponto de destaque é que a toxicidade dos solventes pode acelerar o envelhecimento reprodutivo, reduzindo a reserva ovariana de forma precoce. Isso significa que, mesmo mulheres jovens, podem enfrentar dificuldades para engravidar quando expostas a altos níveis dessas substâncias.
Impactos na fertilidade masculina
Nos homens, os solventes químicos também exercem efeitos significativos. Pesquisas sugerem que a exposição contínua pode reduzir a contagem espermática, prejudicar a motilidade dos gametas e aumentar a fragmentação do DNA espermático. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, essa condição pode comprometer não apenas a fecundação, mas também a qualidade do embrião gerado, ampliando os riscos de falhas reprodutivas.
Além disso, há indícios de que alguns solventes atuem como disruptores endócrinos, alterando a produção de testosterona e interferindo diretamente na espermatogênese. Esse conjunto de fatores faz com que a saúde reprodutiva masculina seja altamente vulnerável em contextos de exposição ocupacional.
Medidas de prevenção e proteção
O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras adequadas, luvas e ventilação eficiente nos ambientes de trabalho, é essencial para reduzir os riscos da exposição. A legislação trabalhista também prevê limites seguros para o manuseio de solventes, mas, muitas vezes, essas medidas não são plenamente aplicadas. Nesse cenário, Tosyn Lopes frisa que a conscientização dos trabalhadores e empregadores é um passo indispensável para proteger a fertilidade.
Ademais, consultas médicas regulares, incluindo exames hormonais e de fertilidade, podem auxiliar na detecção precoce de alterações reprodutivas. A integração entre saúde ocupacional e medicina reprodutiva deve ser fortalecida para garantir maior proteção a profissionais expostos a solventes.
Fertilidade sob ameaça invisível
Os riscos associados aos solventes químicos demonstram que a infertilidade não se limita a fatores biológicos ou genéticos, mas também envolve questões ambientais e profissionais. Oluwatosin Tolulope Ajidahun reforça que reconhecer esses perigos é essencial para ampliar a prevenção e oferecer suporte adequado a homens e mulheres que enfrentam dificuldades reprodutivas.
Assim, ao trazer esse tema pouco discutido para o centro das atenções, a ciência e a medicina do trabalho contribuem para proteger não apenas a saúde imediata dos trabalhadores, mas também o direito à maternidade e à paternidade no futuro.
Autor: Richard Ghanem
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.